Modo PSDB de governar : se o povo não aceita, ou não entende a gestão tucana, o “CHOQUE” dá um jeito de explicar.

repressão paranaQuando o PSDB tornou moda falar em “choque-de-gestão” o povo brasileiro imaginou outra coisa que não repressão e brutalidade. Afinal um intelectual, sociólogo e acima de tudo FHC havia mencionado como solução para todos os problemas do Brasil.

Fomos surpreendidos com força dessas palavras quando pronunciadas separadamente: choque e gestão. E mais abismados ficamos quando notamos que uma era complementar a outra.

Sobre a “gestão” não é difícil ver o estrago que os tucanos causaram ao país com suas sucessivas administrações. É só retroceder aos anos 90 e comparar índices econômicos e sociais com os atuais. Uma pesquisa simples no google.

Mas vamos discorrer sobre o outro substantivo. Na mente soberba dos PSDBistas se alguém não aceita o seu jeito de “gestão” aí então eles apelam para a outra palavra, ou seja: “CHOQUE”.

O governador do Paraná Beto Richa, ou como dizem os servidores estaduais Beto “Hitler”, deu demonstração cabal e didática de como funciona o tal “choque-de-gestão” tucano. E se por acaso alguém achou “forçação” de barra o que escrevi preste atenção nos recentes acontecimentos em Curitiba.

O Governador tentava aprovar o projeto de lei 252/2015, que autorizaria o governo a mexer no fundo de previdência dos servidores públicos do estado, a Paranáprevidência. A intenção de Richa é utilizar esses recursos para cobrir o rombo nas contas públicas provocado pela má gestão do tucano nos quatro anos anteriores. (A lei foi aprovada).

Os servidores não gostaram da gestão e foram protestar em frente à assembleia.

Bem, todos sabem o que aconteceu: entrou a PM para dialogar com os manifestantes. Resultado: mais de 200 feridos, 8 em estado grave.  A maioria professores.

repressão parana 1Mas esta repressão não foi a única. Recapitulemos.

2013, protestos contra o aumento das tarifas de transporte em São Paulo. A PM simplesmente desceu a bordoada nos manifestantes. Foi como pôr mais lenha na fogueira. As manifestações se espalharam pelo país com as mais diversas reivindicações. Inclusive intervenção militar.

PasseLivreViolênciaPM-e1371330384888Greve dos professores. A negociação quase sempre acaba sobre a responsabilidade da polícia

  ato-apeoesp-paulista-interna22000 foi Incabível. Na comemoração os 500 anos da descoberta do Brasil o governo Fernando Henrique Cardoso não permitiu que os índios se manifestassem. Logo os índios, um dos principais atores do episódio, e que tão bem recebeu os portugueses foram reprimidos. Nem a gestão para construir a replica da caravela deu certo, corria o risco de afundar.

indios reprimidos-em-porto-seguro1988.Governador Álvaro Dias jogou os cavalos em cima dos professores que protestavam por melhores condições de ensino e por salários.

alvaro-dias e a repressãoEsse é modo PSDB de governar. Se o povo não aceita, ou não entende a gestão tucana, o “CHOQUE” dá um jeito de explicar.

O envolvimento do doleiro Alberto Youseff com o PSDB.

alvaro-diasO Partido dos Trabalhadores precisa amadurecer. Seus membros acreditarem mais em si mesmos. E, principalmente, não ter medo. Reagir as acusações.

Quem fala mais e mais alto leva, é assim? Se for desse jeito é melhor fechar a “lojinha”.

O PT, consequentemente o governo federal, tem um inimigo poderoso no seu encalço: a mídia.

“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo.”

Lembram-se dessa declaração de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais (2010)”?

Pois é, além de atuar como um partido – sem as obrigações e regulamentos de um partido oficial – ela age protegida e as escondidas pela mal debatida “liberdade de imprensa”. E, como frisou a Maria, não deve ser limitada, portanto não há deveres ou satisfações a dar. Então aguente o rojão, certo?

Bastou as denúncias de envolvimento do deputado André Vargas com o doleiro Alberto Youssef para o partido ficar alarmado. Paralisado.

“É um envolvimento que não encontra justificativa para ter acontecido e acaba impactando no PT e na política”, afirmou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Sem dúvida acaba respingando, mas fazer o quê? Voltar atrás não dá. Então que cada um tome a atitude cabível, tanto o PT, quanto o congresso. E se houver crime que a PF investigue, o juiz julgue.

Agora ficar acuado, como um garotinho assustado, não dá. A oposição e a imprensa vão deitar e rolar.

Só um ingênuo acha que a corrupção e o mal feito começaram com o PT no poder.

O blog “tijolaco.com.br” postou duas reportagens sobre o doleiro. Retiro alguns trechos.

“Escândalo com doleiro é tiro no pé do PSDB, diz Amaury Júnior”. Autor do livro Privataria Tucana.

Isso porque as principais negociatas de Yousseff aconteceram durante a era tucana. Uma CPI para investigar Yousseff ou a Petrobrás acabaria, segundo Amaury, em Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do BB, ex-caixa de campanha de Serra.

Amaury afirma que “quem montou o esquema de propinas na Petrobras foi o Youssef, não no governo do PT, mas no do PSDB””. E mais, segundo Amaury ele possui “documentos que provam que Alberto Yousseff, o doleiro que a mídia hoje só trata como “amigo de André Vargas”, deputado federal do PT, é na verdade uma bomba que pode estourar no colo do PSDB”.

No outro post com o título “Bomba! Folha liga doleiro “amigo de Vargas” a Alvaro Dias”, Miguel do Rosário escreve: Alberto Yousseff foi pivô de um esquema multimilionário de corrupção investigado pela Procuradoria de Defesa do Patrimônio Público de Maringá(PR). Durante a investigação, as autoridades descobriram que Alberto Yousseff pagou jatinhos para uso do senador Alvaro Dias.

Pelo que entendi, não foi uma só viagem do senador com a família, como aconteceu com André Vargas. O jatinho de Yousseff foi disponibilizado para o senador durante toda a campanha eleitoral de 1998.

Trecho da reportagem da agencia Folha, de Maringá envolvendo Álvaro Dias: Quanto a Dias, o ex-secretário disse que Gianoto determinou o pagamento, “com recursos da prefeitura”, do fretamento de um jatinho do doleiro Alberto Youssef, que teria sido usado pelo senador durante a campanha.

“O prefeito (Gianoto) chamou o Alberto Youssef e pediu para deixar um avião à disposição do senador. E depois, quando acabou a campanha, eu até levei um susto quando veio a conta para pagar. (…) Eu me lembro que paguei, pelo táxi aéreo, duzentos e tantos mil reais na época”, afirmou.

É isso aí!

Viram! O envolvimento do doleiro com o poder vem de longa data. Ainda dos tempos dos tucanos.

Pau que dá em Chico, dá em Francisco.

A oposição, e principalmente o senador Álvaro Dias, a partir dessas constatações, tem muito a explicar. Ou então esse doleiro poderá se transformar num outro Marcos Valério.

E a história se repetir: o PSDB cria o esquema de corrupção. E o PT , mais tarde, leva a culpa, sozinho. Vide o mensalão.

A mídia blindou o PSDB, então só resta partir pra cima. De simples acusado, a acusador.

“Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar”, versos eternizado por Elis Regina.

É assim que a política funciona.